Atletas estão com seus contratos chegando ao final, ainda não chegaram a um acordo para renovação e deverão ficar livre no mercado ao final da temporada 2024/2025
O meia e atacante egípcio Mohamed Salah, que, no momento, veste a camisa do Liverpool, e o atacante brasileiro Neymar, vinculado ao Al-Hilal, da Arábia Saudita, têm uma série de coincidências ao longo de suas extensas carreiras. A começar pela grande qualidade técnica.
Isso permitiu que ambos atingissem momentos de topo, sendo considerados com potencial para alcançar o título de melhor atleta do planeta. Algo que não conseguiram.
Talvez pelas grandes oscilações, embora elas sejam típicas de atletas muito talentosos, que passam por fases ruins. Como não são muito dedicados às tarefas de marcação e à execução das funções táticas, acabam vendo o desempenho de alto nível despencar.
Porém, não compartilham apenas esse ponto negativo. Ambos têm problemas fora das quatro linhas, o que, naturalmente, gera uma série de críticas.
Emprego deve chegar rapidamente
Atletas de 32 anos, agora, vivem mais um período semelhante. Terão seus contratos encerrados ao final da temporada. Porém, é improvável ficarem desempregados. Propostas devem chover com a oportunidade de manterem seu alto padrão salarial ou até mesmo melhorá-lo.
Salah segue em negociação com o Liverpool. O clube inglês vem evitando comunicações a respeito da transação. O atleta, ao contrário, parece querer pressionar a direção dos Reds a renovar o compromisso aceitando suas requisições.
Para isso, tem dito frequentemente que não acha possível ampliar seu contrato. Claramente visa levar a torcida a pressionar os cartolas. Nesse caso, a impressão que fica é de que ambos desejam manter o casamento. Contudo, esticam a corda para, no lado do atleta, receber um salário mais alto. No lado do clube, a tentativa é de evitar um rombo no orçamento, o que limitaria sua capacidade de investimento.
Brasileiro quase não jogou na Arábia Saudita
A situação de Neymar nesse aspecto é bem diferente do que acontece com o egípcio. Após ter ficado sem mercado nos grandes clubes europeus, encontrou no Al-Hilal uma chance de preservar seus ganhos estratosféricos, ainda que a queda técnica fosse esperada. No entanto, foi muito pior que se esperava.
Convivendo com contusões, quase nada produziu com a camisa do clube saudita. Assim, parece haver um acordo de opiniões. O atleta não deseja ficar no Al-Hilal, que tampouco tem mostrado interesse de renovar seu compromisso. Assim, a porta de saída parece ser seu destino ao final da temporada 2024/2025.
A possível entrada de dois atletas talentosos no mercado de trabalho tem deixado clubes com finanças em boa situação em polvorosa. Quem você gostaria de ver vestindo a camisa de seu time?
A resposta parece ser óbvia. Ambos. No entanto, a realidade das contas a pagar é um obstáculo quase intransponível, especialmente diante do endurecimento das regras de controle financeiro na Europa. Dessa maneira, qual seria o preferido? Os números podem ajudar a resolver essa questão.
Mohamed Salah
Salah começou sua carreira profissional no Basel, da Suíça, em 2012/2013. Foram duas temporadas até chamar a atenção no Chelsea, no qual também ficou dois anos. Não teve, entretanto, o sucesso esperado. Isso o levou a dar um passo atrás na carreira. Seguiu para a Fiorentina, da Itália, na qual disputou a temporada 2014/2025.
Na Viola, mostrou qualidade suficiente para ser contratado pela Roma, onde ficou dois anos. No clube romano, abriu o caminho de retorno para a Premier League. Está no Liverpool desde 2017/2018. Disputa, agora, sua oitava temporada vestindo a camisa dos Reds.
Neymar Júnior
Fruto das categorias de base do Santos, Neymar Júnior estreou no time
profissional em 2011. Lá ficou até 2013, quando abandonou a equipe da Vila Belmiro para fechar com o Barcelona. Na Espanha, foram quatro temporadas. Sem conseguir o sucesso que desejava, topou uma proposta milionária para acertar com o Paris Saint-Germain.
No PSG, novamente não chegou ao patamar técnico que gostaria. Fracassou na missão principal da equipe francesa, a conquista da Champions League. Ao final de seis anos, foi empurrado para porta de saída. Encontrou no Al-Hilal uma chance de manter seus rendimentos no mais alto padrão. Tecnicamente, contudo, esteve longe disso. Situação provocada, principalmente, pelas contusões que enfrentou ficando longo período fora dos gramados.
A comparação
- Assiduidade
Sem grandes problemas de lesão, Mohamed Salah leva vantagem na comparação com Neymar no quesito assiduidade. Em 15 anos de carreira, disputou 661 jogos. Na média, 44 por temporada.
O brasileiro tem carreira mais curtas. São 13 anos como profissional. Participou de 551 jogos, sendo 42 por temporada. Nesses números, estão confrontos por ligas nacionais, copas nacionais e internacionais e também pela seleção principal.
- Bola na rede
No quesito bola na rede, Neymar Júnior, mesmo com menor número de jogos, dá o troco no egípcio. Foram 355 gols assinalados, média de 0,64 por confronto. Salah, com 349 gols marcados, apresenta média de 0,53.
- Garçom
Em relação aos passes que geram gol, a vantagem é de Salah. Foram 249 até agora. Média de 0,38 por confronto. Neymar deu 147 passes que permitiram aos colegas colocar a bola na rede. Média de 0,27 por encontro.
Quando o assunto é disciplina, Salah dá goleada em Neymar. Ao longo de sua carreira, recebeu 24 cartões amarelos e, por muito pouco, não leva o troféu Belford Duarte, oferecido a atletas que nunca foram expulsos durante a carreira. Recebeu um cartão vermelho quando atuava no Chelsea. Neymar Júnior atingiu a impressionante marca de 150 cartões amarelos recebidos. Vermelho, foram 11.
- Coleção de troféus
Entre Santos (cinco conquistas), Barcelona (oito), PSG (13), Al-Hilal (um) e seleção brasileira (um), Neymar Júnior deu 28 voltas olímpicas. Nessa listagem, não está incluída a medalha de ouro olímpica no Rio de Janeiro, uma vez que o torneio não inclui as seleções principais.
Os números de conquistas de Salah são bem mais modestos. Ele foi campeão no Basel (duas vezes) e no Liverpool (oito), totalizando dez conquistas.
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