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Vitor Roque, emprestado pelo Barcelona ao Bétis. Foto: Reprodução/Internet |
O clube espanhol virou um porto seguro para brasileiros que caíram em descrédito no futebol europeu
Em tempos vagas magras da seleção brasileira, o lendário locutor Galvão Bueno costuma dizer: "Tá em crise, chama o Chile". Afinal, os chilenos têm um longo histórico de derrotas para a seleção canarinho.
Um slogan pode ser adaptado para a atual política de contratações do Bétis em relação a brazucas que encontram Dificuldades em outros clubes do Velho Continente.
Tá na lama? Vai para o Bétis.
Vitor Roque foi o primeiro a desembarcar
Ao contratar Vitor Roque, o Barcelona desejava encontrar um Vinícius Júnior para chamar de seu. Mesmo em profunda crise financeira, encontrou meios para pagar os quase R$ 200 milhões exigidos pelo Athletico Paranaense, clube que o revelou.
Com18 anos, o atacante desembarcou na Catalunha. Poucas chances teve. Pouco vez. No Campeonato Espanhol, foi acionado em 14 jogos. Recebeu mais cartões amarelos (quatro) do que gols (dois).
Atacante teve mais cartões que gols no Barcelona
Foi colocado de escanteio pelo técnico Xavi Hernandez. Com a chegada de Hansi Flick, esperava-se que ganhasse mais tempo para mostrar serviço.
Aconteceu o contrário. O alemão o dispensou. O Barcelona foi ao mercado para encontrar um time que o aceitasse e, dessa maneira, pudesse vendê-lo um pouco mais tarde, recuperando o valor investido.
Coube ao Bétis a missão. É cedo para dizer que alcançou o objetivo. Porém, os números mostram uma evolução significativa na comparação com o ano passado.
Acionado em 18 jogos, assinalou quatro gols. Não é uma marca espetacular. Contudo, ao menos superou o número de cartões amarelos (três) recebidos.
Atacante do Manchester United também ganha segunda chance
O alviverde de Sevilha parece ter gostado do resultado. Tanto que resolveu repetir a dose na janela de transferências de inverno. Acertou com o Manchester United a transferência de Antony.
O atacante caiu em desgraça no clube inglês. Primeiro, por problemas extra-campo. Acusado de violência doméstica, chegou a ser afastado. Depois, pelo desempenho.
Na temporada atual, foi acionado em oito partidas. Nem gol, nem assistência. O clube começou 2024/2025 com Erik ten Hag, depois, colocou Ruben Amorim no comando.
Ten Hag foi o responsável por sua contratação. O clube aceitou sua exigência e pagou 95 milhões de euros. Algo em torno de R$ 600 milhões conforme a cotação atual.
Se Vitor Roque pode reclamar da falta de oportunidades no Barcelona, o mesmo não acontece com Antony. Nas duas primeiras temporadas no Manchester United, foi acionado em 54 jogos da Premier League.
A produção foi muito abaixo do que se poderia esperar. Marcou cinco gols, deu três assistências. Recebeu dez cartões amarelos.
Contrato é de apenas seis meses
Antony foi um negócio de ocasião para o Bétis, que não precisou pagar por seu empréstimo. Entretanto, chegou com um contrato curto. Apenas até o final da temporada. Ao clube inglês, contudo, caberá pagar parte de seus salários.
A esperança do Manchester United é de que o atleta mostre qualidade suficiente para que algum outro clube aceite pagar por ele ao final de 2024/2025.
Recuperar os 95 milhões investidos não parece ser um objetivo viável. A meta é reduzir o prejuízo.
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