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Alexis Sanchez, atacante chileno da Udinese. Foto: Site da Udinese/Reprodução |
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Formou-se no futebol brasileiro o cenário de tempestade perfeita. Com o novo contrato de transmissão dos jogos da Série A e os altos patrocínios de casas de apostas, os cofres dos clubes ficaram cheios.
Assim, os times nacionais viraram alvo para atletas sem espaço no futebol europeu. Ainda que exista alguma perda salarial nesse processo, encolheu a distância entre o que se paga no Velho Continente e os salários no Brasil.
Memphis Depay, holandês que não teve uma proposta sequer dos 55 países que compõe a confederação europeia, encontrou no Corinthians um local para continuar faturando alto e, de quebra, sem precisar se submeter à mesma exigência técnica e física dos clubes de ponta da Europa.
No Brasil, mesmo quando estava fora de forma, deitava e rolava. Quando melhorou o condicionamento, ganhou status de craque.

Alexis Sanchez descobre o Brasil
Agora é a vez de Alexis Sanchez. Embora tenha contrato com a Udinese, da Itália, até o final da temporada 2025/2026, começou a procurar o caminho de saída. Acionou seu empresário para buscar uma boquinha no Brasil.Ele é o típico jogador que enche a torcida de alegria. Quando chega, dá a esperança de que poderá utilizar sua habilidade e pontaria para fazer muitos gols.
A alegria é ainda maior quando sai do clube. Por onde passou, não deixou saudades. Ao menos na reta final de sua carreira. Talvez tenha deixado boas lembranças para médicos, enfermeiros e fisioterapeutas.
Afinal, o departamento médico parece ser seu habitat natural.
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Aos 36 anos, Alexis Sanchez faz hora extra na carreira. Foto: Instagram da Udinese/Reprodução |
Atacante fez apenas seis jogos no Campeonato Italiano
No último final de semana, o Campeonato Italiano teve disputada sua vigésima quarta rodada da temporada 2024/2025. A Udinese encarou no domingo, 9 de fevereiro, o Napoli, líder da disputa.
Contando com o estádio Diego Armando Maradona como cenário, colheu um bom empate por 1 a 1. Alexis Sanchez não foi acionado. Relacionado para o banco de reservas, de lá não saiu.
Nas quatro linhas, a presença do atacante chileno é rara. Participou de apenas seis partidas da Série A. Em nenhuma delas conseguiu atuar o tempo inteiro.
Jogador não atinge marca de 300 minutos em campo
A mais longa participação do atleta aconteceu no começo de janeiro. Foram 79 minutos em campo no empate sem gols, em Udine, contra a Atalanta.
O tempo total de jogo de Alexis Sanchez na temporada foi de 227 minutos dos 2.160 que a Udinese disputou. Ou seja, pouco mais de 10% do período jogado pelo clube.
Na Copa da Itália, disputou o primeiro tempo da derrota, por 2 a 0, para a Inter de Milão. Resultado que encerrou a participação do clube de Udine no torneio.
Chileno desembarcou machucado
Alexis Sanchez é uma versão chilena de James Rodriguez. O colombiano que fracassou no São Paulo parece utilizar os clubes apenas para passar o tempo entre as convocações para seleção da Colômbia.
Na seleção do Chile, Sanchez é outro jogador. Dedicado e comprometido. Na Copa América de 2024, disputada nos Estados Unidos, foi à exaustão na partida diante do Canadá.
No empate sem gols que determinou a eliminação dos chilenos da competição, em junho, atuou por 90 minutos. Foi a última vez que atingiu essa façanha. Quando desembarcou em Udine para se apresentar à Udinese, acusou lesão na coxa.
Só saiu do departamento médico em dezembro. Contusões são uma constante na sua carreira. Entre 2016 e 2025, ficou afastado em 25 ocasiões.
Os problemas musculares lideraram o ranking de motivos para as ausências.
Udinese foi primeiro clube europeu na carreira
Alexis Sanchez começou a atuar na Europa na temporada 2008/2009. Justamente na Udinese, onde passou três anos. Na época, não tinha um relacionamento sério com o departamento médico.
O Campeonato Italiano tem 38 rodadas. Nas três temporadas em Udine, o chileno disputou, respectivamente, 25, 32 e 31 jogos.
Seguiu assim nos clubes seguintes. Passou por Barcelona (três anos), Arsenal (quatro), Manchester United (dois), Inter de Milão (três anos na primeira passagem e um na segunda) e Olympique de Marseille (um).
O ano final no Arsenal foi um divisor de águas. A partir de então, começou a diminuir significativamente em seu tempo em campo. Atualmente, pode ser relacionado na categoria de ex-jogador em atividade.
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